Confissão, sucessão apostólica e tradição

  • Desde os tempos mais antigos o povo de Deus tinha a prática de confessar seus pecados a um sacerdote.

    Lv 16,30: “Porque nesse dia se fará a expiação por vós, para que vos purifiqueis e sejais livres de todos os vossos pecados diante do Senhor”.

    Veja que essa confissão era feita somente aos sacerdotes que fossem ungidos por Deus.

    Lv 16,32: “A expiação será feita pelo sacerdote que foi ungido e empossado para exercer o sacerdócio em lugar de seu pai. Revestirá as vestes de linho, as vestes sagradas”.

    No novo testamento esse costume tem continuidade através dos apóstolos e seus sucessores, pois Jesus dá aos apóstolos a autoridade de reter ou perdoar pecados.

    Jo 20,22-23: “Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.

    Do mesmo modo que na velha aliança era necessário que o sacerdote fosse ungido, é necessário também que o sacerdote de Cristo tenha essa unção dada por Jesus, que só é possível através da sucessão apostólica. Na nova aliança essa unção é transmitida através dos sacramentos da igreja.

    Algumas seitas pregam que se pode receber o espírito santo do vento, sem a intervenção da igreja, mas até Saulo que falou diretamente com Deus no caminho pra Damasco ( At 9,4-5), só recebeu o espírito santo através de um sacramento realizado por Ananias (At 9,17-18).

    Na bíblia não se admite novas fundações de doutrinas como acontece com as seitas, todas as funções ministeriais só são possíveis pela autorização da igreja. Em At 1,15-26 vemos a sucessão apostólica quando São Matias Substitui Judas, e só foi possível com uma reunião de 120 membros e a autorização do papa São Pedro.

    O ministério da reconciliação foi confiado somente aos apóstolos e seus sucessores:

    2Co 5,18: “ Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério desta reconciliação”.

    Quando um bispo ou padre exorta alguém é como se Deus estivesse exortando.

    2Co 5,20: “Portanto, desempenhamos o encargo de embaixadores em nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!”.

    Sabemos que o novo testamento é espírito (2 Co 3,6 )e a nova aliança deixa claro que a igreja dos apóstolos se mantém viva através das TRADIÇÕES por escrito e oralmente.

    2Ts 2,15: “Portanto, irmãos, ficai firmes; guardai as TRACIÇÕES que vos ensinamos ORALMENTE ou por escrito”.

    O interessante é que as seitas vão contra as tradições dizendo que a tradição é humana, não sabendo que Deus deu autoridade aos apóstolos de propagarem essa tradição através do novo testamento e da Igreja.

    São Paulo dá um conselho para nos afastarmos daqueles que não seguem a tradição da Igreja:

    2Ts 3,6: “Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos afasteis de todo irmão que leve vida desordenada e contrária à tradição que de nós receberam”.

    A tradição remonta a palavra de Deus:

    2Pd 3,2: “A fim de vos trazer à me­mória as palavras preditas pelos santos profetas e o mandamento dos vos­sos apóstolos, a eles confiado pelo Senhor e Salvador”.

    Amém

    Paulo Leitão De Gregorio

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“O homem pode construir um mundo sem Deus, mas esse mundo acabará por voltar-se contra o mesmo homem.
Papa São João Paulo II”

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